
A alguns anos eu me peguei falando mal de algo muito belo. Não conseguia entender como toda a glória de alguém poderia ser dada a outro, mas muitas vezes as coisas mais verdadeiras são difíceis de serem compreendidas.
Eu não conseguia entender como todos contemplavam a luz da Lua, sem nem ao menos a luz ser realmente dela. Mas tudo começou quando o Sol se apaixonou por ela.
Ela ali, tão pertinho dele, era fácil ver sua beleza. Mas em uma noite o Sol percebeu que apenas ele conseguia ver o quanto linda, era aquela que ele amava. Em uma noite, cercada de estrelas brilhantes em meio ao céu escuro era difícil vê-la. Era como se tudo a escondesse, tudo chamava mais atenção do que ela.
O Sol, depois de ver a tristeza de sua amada, por jamais ter sido contemplada como as estrelas, ficou inquieto. Precisava de algum modo fazer com que, assim como ele, todos se encantassem com sua beleza. Então, ele teve uma ideia. Decidiu dar um pouco da sua luz, a ela. Assim, ele seria adorado de dia, e ela a noite.
Então, a Lua não rouba a luz, nem a glória do sol. Foi apenas o modo que ele encontrou de dizer que a amava.
Nenhum comentário:
Postar um comentário